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Tente de novo 

e quantas vezes forem necessárias.

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Omitindo informações úteis para a sociedade e por vezes atrás de uma "boa notícia" os meios de comunicação utilizam expressões equivocadas, descontextualizadas e distorcidas sobre o usuário de drogas. Ao invés da lógica e razão determinando comportamentos e atitudes, o medo e a preocupação induzem ao equívico,  a perda de tempo e investimentos infrutíferos.

Apesar das evidências noticiadas devemos lembrar que sentimentos como o medo e a angústia exessivos não oferecem em absoluto respostas à quem precisa.

Para um problema específico é necessário uma solução específica. 

Tenho acompanhado a luta de dependentes e familiares há alguns anos e visto, ouvido e aplaudido o que a maioria das pessoas e profissionais julgaria ser impossível.

A ideia de “trauma” assumiu um novo significado para meu pensar. A luta com os aspectos inconscientes relacionados à manutenção de um padrão de consumo estão, muitas vezes, intimamente ligados a estigmas e crenças em exigências descabidas como por exemplo: “preciso ser qualquer coisa diferente de eu mesmo!” 

Para o senso comum e na luta contra o "desconhecido" sobra para adicto ou o dependente químico identificar-se com o estereótipo do “drogado”, esquecendo de seu potencial construtivo e de suas qualidades.

Cabe ao profissional especializado um novo olhar sobre o indivíduo que procura tratamento e independente da modalidade indicada (ambulatórial, clínica especializada, ambiente controlado, grupos da comunidades, etc), oferecer também soluções simples e acessíveis.

É de responsabilidade do profissional Especialista a avaliação detalhada sobre as necessidades do paciente, o planejamento de ações terapêuticas e se necessário (maioria dos casos) o encaminhamento para outras especialidades.

Grande parte dos dependentes possui o que é chamado de comorbidade. Comorbidades são outras condições clínicas ou  doenças que coexistem com a dependência química agravando seus sintomas (Leia: Sinais e sintomas).  Portanto a dependência química diagonsticada como tal, por afetar o indivíduo em seus aspectos globais, torna a necessidade de tratamento uma tarefa multidisciplinar na busca por resultados positivos.

Na busca por resultados, atribuir responsabilidade ao paciente é o mesmo que devolver a vida, é dar a César o que é de César,  é também apoiar, orientar, instruir, educar, motivar...

 

 

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